A Diferença entre os Ensinamentos de Ramatis sobre os Orixás e o Conceito dos Orixás Trazidos da África
A figura dos Orixás é central em diversas religiões de origem africana, especialmente nas tradições como o Candomblé e a Umbanda. Eles são considerados que regem aspectos da natureza, da vida humana e do universo, cada um com atributos, características e campos de atuação específicos. No entanto, os ensinamentos espirituais de Ramatis oferecem uma visão ampliada e diferenciada sobre esses seres divinos, especialmente no que diz respeito à sua atuação como campos de energia e como elementos de um processo de transformação e evolução espiritual. Para compreender melhor essas diferenças, é importante observar como Ramatis aborda o papel dos Orixás no contexto da magia espiritual e compará-los com a concepção tradicional trazida das raízes africanas.
Orixás no Contexto Africano: Magia e Religião
Na visão das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, os Orixás são venerados como seres poderosos que influenciam todos os aspectos da vida humana. Eles representam forças da natureza e estão profundamente conectados aos elementos da terra, água, fogo, ar, e aos ciclos da vida, como a fertilidade, o amor, a guerra, a cura e as ameaças. Cada Orixá tem suas próprias características, símbolos e rituais associados, e suas qualidades são refletidas nos aspectos da vida de seus filhos e filhas, aqueles que recebem sua proteção e orientação.
A magia associada aos Orixás no contexto africano envolve rituais, cânticos, danças, oferendas e rezas, com o intuito de estabelecer uma conexão direta entre os seres humanos e essas interações. A crença é que, ao se alinhar com as energias de cada Orixá, é possível receber sua proteção, orientação e influências positivas, o que pode resultar em benefícios como cura, prosperidade, sucesso e equilíbrio.
Os Orixás Segundo Ramatis: Uma Visão Expandida e como Campos de Energia
Na visão de Ramatis, os Orixás são mais do que realizados, vinculados a aspectos da natureza e da religião. Para ele, eles são campos de energia com um propósito espiritual muito mais amplo, que se estende para o campo da evolução humana e da magia espiritual. Ramatis não limita a atuação dos Orixás apenas aos rituais e manifestações externas, mas os vê como arquétipos poderosos e energias universais que interagem com os seres humanos em níveis mais profundos.
De acordo com Ramatis, os Orixás não são apenas deuses ou entidades externas que devem ser adoradas, mas forças espirituais presentes em todos os aspectos da criação, capazes de influenciar diretamente a transformação espiritual . Eles atuam como padrões vibracionais que oferecem direção e equilíbrio para aqueles que buscam a evolução espiritual. Essa perspectiva vai além do campo material e ritualístico, refletindo uma abordagem mais interna e energética. Os Orixás, nesse contexto, são campos de magia espiritual que podem ser acessados através da meditação, sintonia vibracional e práticas espirituais , com o objetivo de alcançar o autoconhecimento e a ascensão espiritual.
Magia e Transformação Espiritual
Em sua abordagem, Ramatis coloca os Orixás no centro de um processo de magia espiritual que transcende as práticas ritualísticas tradicionais. Ele ensina que, para se conectar com um Orixá, não é necessário apenas realizar oferendas e rituais, mas sim buscar uma profundidade energética com sua essência, a fim de ativar as qualidades espirituais que ele representa. Esse processo de camada energética envolve uma profunda transformação interna , que permite ao indivíduo acessar os poderes espirituais do Orixá de maneira mais profunda e direta.
Além disso, Ramatis traz um conceito inovador sobre a magia dos Orixás , que não se limita a manipular forças externas, mas sim a despertar e utilizar as forças internas do ser humano para sua própria evolução e autodescoberta. A magia, sob essa ótica, torna-se um meio de autoaperfeiçoamento , onde o devoto ou praticante se torna consciente das forças espirituais que atuam sobre ele e aprende a aproveitar essas energias para o seu próprio bem-estar espiritual.
Comparação dos Conceitos: Tradição Africana X Visão de Ramatis
1. Enfoque Religioso e Cultural X Enfoque Energético e Espiritual Na tradição africana, os Orixás são iluminados com atributos humanos e naturais específicos, cada um governando uma área da vida e da natureza. A prática religiosa envolve veneração, rituais, danças e cânticos que visam estabelecer uma conexão entre o praticante e os Orixás. Já na visão de Ramatis, os Orixás são forças espirituais universais, representando campos de energia que interagem com a alma humana e que possuem um propósito evolutivo. A abordagem de Ramatis enfatiza o despertar da consciência e a transformação interna como caminho para se conectar com essas energias.
2. Ritualística e Magia Externa X Magia Interna e Transformação Enquanto a tradição africana foca em práticas ritualísticas e oferendas para impor a proteção ou intervenção dos Orixás, Ramatis enfatiza que a verdadeira magia está na transformação interna e na sintonia espiritual com as forças universais. A magia espiritual, segundo Ramatis, é um processo de desenvolvimento interior , onde os Orixás são acessados através do alinhamento energético, e não apenas pela realização de rituais exteriores.
3. Orixás como Entidades X Orixás como Campos Energéticos Na visão africana, os Orixás são considerados entidades divinas, com personalidade, história e relação com os seres humanos. Já para Ramatis, os Orixás são energias que transcendem a forma humana, sendo arquétipos espirituais que atuam como guias para o progresso da alma. Eles não são apenas “deuses” a serem adorados, mas caminhos vibracionais que o ser humano pode seguir em sua jornada de ascensão espiritual.
Conclusão
A visão de Ramatis sobre os Orixás oferece uma perspectiva mais profunda e energética, alinhada com a ideia de evolução espiritual e autoconhecimento, enquanto a concepção tradicional africana foca na veneração e conexão religiosa com os Orixás. Ambos os ensinamentos, no entanto, têm a força e o poder desses seres divinos, mas enquanto a tradição africana trabalha com a magia externa, através de rituais e práticas religiosas, Ramatis ensina que o verdadeiro poder dos Orixás reside no campo espiritual e na capacidade do ser humano de se transformar e se treinar com essas forças.
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