A Visão de Ramatís sobre os Orixás

A Visão de Ramatís sobre os Orixás

Ramatís é um espírito de elevada sabedoria que, através de médiuns como Hercílio Maes, transmitiu importantes ensinamentos sobre espiritualidade e as diversas tradições religiosas. Dentro desse contexto, sua visão sobre os Orixás traz um entendimento profundo e universalista, ligando-os a forças cósmicas e princípios divinos que regem a criação.

Orixás: Princípios Cósmicos e Universais

Segundo Ramatís, os Orixás não devem ser vistos como entidades antropomórficas ou divindades individualizadas, mas sim como potências espirituais que representam princípios universais da criação. Eles são expressões da inteligência divina, que organizam e regem diferentes aspectos da natureza e da existência humana.

Na visão de Ramatís, os Orixás atuam como intermediários entre o Criador e as dimensões inferiores, auxiliando na harmonia dos mundos e na manutenção do equilíbrio energético do planeta. Eles não possuem ego ou personalidades humanas, mas se manifestam de formas que podem ser compreendidas pelas consciências humanas de acordo com sua cultura e nível de evolução.

Os Orixás e as Forças da Natureza

Cada Orixá está relacionado a um aspecto da natureza e a determinados atributos energéticos que influenciam tanto o plano físico quanto o espiritual. Na tradição da Umbanda e do Candomblé, essas forças são representadas por elementos naturais, como:

  • Oxalá – Regente da paz, da serenidade e da sabedoria, associado ao céu e à luz divina.
  • Iemanjá – Ligada ao mar e às águas, representa o amor materno, a fertilidade e a proteção.
  • Xangô – Relacionado ao fogo e às montanhas, simboliza a justiça e o equilíbrio.
  • Ogum – Senhor dos caminhos e da guerra, associado ao ferro e à coragem.
  • Oxóssi – Guardião das matas e do conhecimento, ligado à fartura e à busca espiritual.
  • Nanã – Representa a sabedoria ancestral e a ligação entre a vida e a morte.
  • Obaluayê/Omolu – Orixá ligado à cura, às doenças e à renovação, associado à terra e ao ciclo da vida e da morte. Representa a transformação, a passagem do sofrimento para a cura e a proteção contra os males físicos e espirituais.

Para Ramatís, os Orixás são expressões vibracionais dessas forças, e a relação que os humanos têm com eles se dá através da sintonia energética e da evocação de seus princípios em nossas vidas.

Orixás e a Evolução Espiritual

Ramatís ensina que a conexão com os Orixás não deve ser vista apenas como um culto externo, mas sim como um processo interno de desenvolvimento espiritual. Quando invocamos um Orixá, estamos nos conectando com aquela vibração cósmica e buscando em nós mesmos as qualidades que ele representa.

Por exemplo, ao se conectar com Xangô, um indivíduo pode trabalhar sua busca por justiça e equilíbrio em suas decisões. Ao se sintonizar com Oxóssi, pode aprofundar seu conhecimento e sua conexão com a natureza. Assim, os Orixás tornam-se verdadeiros guias na jornada evolutiva de cada ser.

Conclusão

Na visão de Ramatís, os Orixás são princípios cósmicos e forças divinas que atuam no universo e na vida humana como energias equilibradoras. Mais do que entidades individualizadas, eles representam aspectos da criação divina que podem ser acessados e compreendidos de maneira simbólica e vibracional. Dessa forma, compreender os Orixás significa, acima de tudo, compreender a si mesmo e a relação com o Todo, buscando a evolução espiritual e o alinhamento com as leis cósmicas do universo.

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